A ASSOCIAÇÃO
DOS MILITARES DA RESERVA DE TRÊS CORAÇÕES, designada
abreviadamente por “ASMIR – Três
Corações” é uma associação brasileira com
personalidade jurídica de direito privado, organizada sob regime
das Sociedades Civis e regida por Estatuto próprio.
Foi fundada em 7 de Setembro de 1992, em reunião realizada na
cidade de Três Corações por um grupo de Militares da Reserva, e
encontrando-se instalada em sede própria, na cidade de Três
Corações, estado de Minas Gerais - Brasil.
É constituída de um quadro social de duração e número
indeterminados, composto por Militares da
Reserva e Inativos da Marinha do Brasil, Exército Brasileiro, Força Aérea Brasileira, Militares Inativos das Forças Auxiliares (Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar), e Pensionistas.
A ASMIR – Três Corações é uma entidade beneficente, sem fins lucrativos, de caráter cultural, recreativo e social, tendo como finalidades:
· Fortalecer e estreitar os laços de união e camaradagem entre seus associados;
· Defender interesses da classe, visando o benefício dos seus sócios e familiares;
· Reverenciar as datas históricas dos feitos das Forças Armadas em campanhas externas e acontecimentos nacionais, cultuando a memória daqueles que nelas tombam, bem como associar-se às comemorações das grandes datas nacionais incentivando o Civismo;
· Proporcionar aos seus associados e familiares assistência nos campos beneficente, cultural, recreativo e social; e,
· Manter intercâmbio com as Associações congêneres em âmbito nacional e internacional.
Constituem símbolos da ASMIR – Três Corações:
O Pavilhão:
Constituído de um campo vermelho e azul, em partes iguais, formando um retângulo, e um losango branco, tendo no centro o emblema da ASMIR. As cores do Pavilhão têm a seguinte representação simbólica: o vermelho e o azul, as cores do Exército; o azul e o amarelo as cores da ASMIR; o branco representa a paz; e o símbolo das forças armadas a união dos nossos associados.
O Emblema:
Constituído de escudo francês com fundo azul turquesa, sobre o qual sobrepõe um círculo amarelo, contendo dois ramos de café nas laterais, no centro superior a sigla ASMIR, e no centro inferior a sigla TRÊS CORAÇÕES; e no centro uma esfera azul contendo o símbolo das Forças Armadas.
A Flâmula:
Na fórmula tradicional é a reconstituição do Pavilhão, medindo 50cm de comprimento e 18cm na parte mais larga, debruada em branco e contendo ao centro o emblema.
O Distintivo:
Consiste na miniatura do emblema, fundido em metal com 2,0 cm de comprimento e 1,5 cm de largura.
O Brasão:
Composto de escudo tipo português terciado com o primeiro campo
em azul marinho, o segundo campo em verde bandeira, e o terceiro
campo em ouro. Em Chefe, ao Centro um triangulo isósceles em
branco, que vai de uma ponta a outra do escudo, com o emblema
da ASMIR de Três Corações centralizado. Sobre o campo azul
marinho, o símbolo da Marinha de Tamandaré. No campo verde
bandeira o símbolo do Exército de Caxias. No campo em ouro o
símbolo da Força Aérea de Eduardo Gomes. O escudo é timbrado com
a Coroa Naval formada de um diadema de ouro ornamentada de
pedrarias com quatro popas de galeão e quatro velas redondas
brancas, sendo visíveis apenas uma popa, duas velas e duas meias
popas. Sotoposto listel de prata ondulado com a legenda em
letras verdes bordadas em ouro, de tipo elzevir,
“SIGNIFICANT EST SUM”.
ACANÇÃO DAASMIR
Letra: Ten
Ilígio Cesário de Souza,
Sgt Ramon Celso de Oliveira
Música: Sgt Rodrigo Azambuja
Arranjo: Sgt Carlos Antonio Braga
Na ativa cumprimos nosso dever,
na reserva mantemos alegria
em viver,... e a Pátria
servir...
Asmir... Asmir...
Valorizando o existir!
A farda para nós da reserva,
trazemos no nosso coração,
pensando no bem comum,
e no amor à nossa nação.
Asmir... Asmir...
Valorizando o existir!
Nosso líder homem culto e prudente,
grande amigo, sincero e leal
Caldeira, eterno Presidente
O nosso General.
Asmir... Asmir...
Valorizando o existir!
MARECHAL FLORIANO PEIXOTO
PATRONO DA ASMIR
Floriano Vieira
Peixoto nasceu em 30 de abril de 1839 na cidade de
Maceió, no Alagoas. Era filho de lavradores pobres, tendo sido
criado pelo Coronel José Vieira de Araújo Peixoto seu tio e
padrinho. Cursou o primário em Maceió e a Escola Militar no Rio
de Janeiro, onde foi morar com 16 anos. Nas fileiras do Exército
revelou distinção e bravura, notadamente na Guerra do Paraguai,
da qual participou até o desfecho final, em Cerro Corá. Como
troféu da batalha guardou a manta do cavalo de Solano Lopes.
Quando teve início o "Movimento Republicano"
em 1889 ocupava o posto de General-de-Campo Ajudante, segundo
posto abaixo do Ministro do Exército, que na época era o
Visconde de Ouro Preto. Recusou-se a fazer parte da conspiração,
e também não se dispôs a combater as tropas republicanas
rebeladas.
Após a Proclamação da República, ocupou o
Ministério da Guerra, em 1890, tendo sido eleito Vice-Presidente
de Deodoro da Fonseca no ano seguinte. Com a renúncia de
Deodoro, apesar da Constituição versar em seu art. 4 novas
eleições quando o presidente renunciasse antes de dois anos,
Floriano permaneceu em seu cargo, alegando que a própria
Constituição
abria uma exceção, ao determinar que
a exigência só se aplicava a
Presidentes eleitos diretamente
pelo povo, assumindo assim o papel de "Consolidador
da República", governando até o final de seu mandato, em
1894.
Governou em um período bastante conturbado por movimentos
rebeldes, entre eles duas Revoltas da Armada no Rio de Janeiro,
chefiadas pelos Almirantes Custódio de Melo e Saldanha da Gama,
e, em especial, e Revolução Federalista no Rio Grande do Sul
liderada por Silveira Martins, político de destaque durante o
Império, e que tinha como objetivo destituir Floriano Peixoto do
poder. A vitória de Floriano sobre essa segunda revolta fez com
que o Governador de Santa Catarina Hercílio Luz, em 10 de
outubro de 1894, em sua homenagem decretasse a controversa
mudança de nome da Capital de Nossa Senhora do Desterro para
Florianópolis.
Floriano Peixoto lançou uma ditadura de salvação nacional. Seu
governo foi de orientação nacionalista e centralizadora, tendo
demitido todos os governadores que apoiaram Deodoro da Fonseca.
Na chamada Segunda Revolta da Armada agiu de
forma contundente vencendo-a de maneira implacável, ao contrário
de Deodoro. Recebeu a alcunha de "Marechal
de Ferro" devido à sua atuação enérgica e ditatorial,
pois agiu com determinação ao debelar as sucessivas rebeliões
que marcaram os primeiros anos da República do Brasil.
Em seu governo determinou a reabertura do
Congresso e, entre outras medidas econômicas em decorrência dos
efeitos causados pela crise financeira gerada pelo estouro da
bolha financeira do Encilhamento, o controle sobre os preços dos
gêneros alimentícios de primeira necessidade, e dos aluguéis.
Floriano Peixoto entregou o poder em 15 de novembro de 1894 a
Prudente de Morais, tendo abandonado a carreira política assim
que deixou a Presidência. Veio a falecer no ano seguinte, no dia
26 de junho de 1895, em sua fazenda no Ribeirão da Divisa, atual
Distrito de Floriano, no Município de Barra Mansa, Rio de
Janeiro. Deixou um testamento político, no qual dizia que
"Consolidador da República" foram,
na verdade, as diversas forças que fizeram a República.